Abelhas sem ferrão

A meliponicultura é a criação racional de abelhas sem ferrão (também chamadas de nativas ou indígenas). Além de permitir a produção de diversos tipos de mel, a atividade ainda contribui para a conservação das diferentes espécies de abelhas e para ampliar os serviços de polinização de plantas, inclusive de muitas culturas agrícolas. A criação de abelhas sem ferrão já era realizada em diversas localidades no Brasil, muito antes da chegada da Apis mellifera no século XIX.

Historicamente, muitas espécies de abelhas sem ferrão sofreram uma exploração predatória por meleiros, com a retirada do mel sem o manejo correto e consequente destruição das colônias, o que contribuiu para a diminuição das populações dessas abelhas em algumas regiões.

Abelhas sem ferrão

Fonte: Cursos CTP

O Brasil conta com aproximadamente 250 espécies de abelhas sem ferrão descritas. Algumas destas espécies são criadas para a produção de mel, que tem sido cada vez mais valorizado para fins gastronômicos por apresentar características únicas de acordo com a espécie de abelha sem ferrão manejada e as flores que os apicultores usam para buscar o néctar.

Além disso, elas cumprem um papel muito importante na reprodução das plantas nativas com fins econômicos, promovendo a polinização cruzada e, como consequência, a formação de frutos e sementes. Elas também contribuem para a polinização de plantas cultivadas na alimentação humana, como café, tomate, morango, maçã, coco, pimentão, goiaba, eucalipto, entre outros. Portanto, reforçam o rendimento e a qualidade dos frutos e sementes.

No entanto, apesar da sua importância, a redução de muitas formas de flora nativa, o uso indiscriminado de agrotóxicos, mudanças climáticas e as espécies predadoras, infelizmente, vêm ameaçando a existência de muitas dessas espécies, podendo inclusive chegar à extinção.

Tipos de abelhas sem ferrão